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Autor: Ana Notte

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Saúde Feminina

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Saúde Feminina | 27 de outubro de 2022

Autoexame não dispensa necessidade de mamografia

O autoexame está longe de ser a maneira mais apropriada para detecção de câncer de mama. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o procedimento é indicado para melhor conhecimento sobre o próprio corpo, mas não deve substituir a mamografia. O motivo é simples: muitos tumores são pequenos, não palpáveis e, portanto, não serão identificados. Os tumores de mama são a principal causa de morte por câncer entre mulheres, no Brasil, segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Apesar dos números alarmantes e dos esforços da campanha Outubro Rosa, orientada à conscientização sobre a doença, 64% das brasileiras ainda acreditam que o autoexame seja o principal método para diagnóstico. Este foi um dos achados da pesquisa Câncer de mama hoje: como o Brasil enxerga a paciente e sua doença?, encomendada pela Pfizer e realizada pelo Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec). Os pesquisadores entrevistaram 1.397 mulheres de 20 anos ou mais, residentes em São Paulo, capital, ou nas regiões metropolitanas de Belém, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Mais de 50% demonstram não conhecer as recomendações médicas para realização da mamografia, inclusive no que diz respeito à idade e regularidade, e 38% acreditam que o procedimento só é necessário caso alguma alteração seja identificada em outros testes ou exames.

Quando devo fazer a mamografia?

A mamografia deve ser realizada anualmente, a partir dos 40 anos. Entretanto, 40% das mulheres brasileiras de 40 a 49 anos nunca fizeram o exame, segundo informações da Pesquisa Nacional de Saúde, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em agosto de 2021. A situação foi agravada pela pandemia de Covid-19, que embora tenha levado a população a reforçar as medidas de higiene, também afastou muitas pessoas de seus cuidados médicos habituais. Somente 36% das entrevistadas pela pesquisa do Ipec afirmam ter feito a mamografia nos 18 meses que antecederam a pesquisa e apenas 17% dizem ter mantido a frequência de seus exames de rotina durante a pandemia. 

Mitos e verdades sobre o câncer de mama

Há uma falsa noção de que a hereditariedade é o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de mama. No entanto, apenas 5% a 10% do total de casos tem caráter hereditário. Também é falsa a informação de que determinados tipos de sutiã podem estar associados à doença. Por outro lado, muitas mulheres não sabem que o estilo de vida tem forte relação com o câncer, o que inclui fatores como sedentarismo, consumo de bebidas alcoólicas, sobrepeso e obesidade. Quanto à idade, quem tem mais de 50 anos está mais propensa à doença, em grande parte por alterações biológicas próprias do envelhecimento. Ainda devem ficar atentas mulheres que tiveram menarca precoce (quando o primeiro ciclo menstrual acontece antes dos 12 anos), passaram tardiamente pela menopausa (após os 55 anos), nunca angravidaram ou tiveram seu primeiro filho biológico após os 30, bem como aquelas que fazem uso de contraceptivos orais ou passam por terapia de reposição hormonal pós-menopausa. Há risco também para mulheres que foram expostas à radiação ionizante, como ocorre em pacientes que passaram por tratamento de radioterapia no tórax, ou a determinadas substâncias e ambientes, como agrotóxicos, benzeno e campos magnéticos e eletromagnéticos de baixa frequência, presentes no exercício de profissões específicas e relacionados majoritariamente ao ambiente de trabalho.